Há uma saudade que bate aflita
no compasso do coração violentado.
Há uma dor que escurece os dias.
Como um dia de chuva sem fim.
Há teu fantasma em noites insones e de agonia.
Há, também, o vento tonto, frio e morbido
que assobia a nossa canção infernal.
Há teu retrato, pairando em minhas lembranças.
Não posso esquecer a tua lápide.
Há meu silêncio sobre teus gemidos de dor.
Há meu corpo cansado de tantas orgias...
Que agora vc descance queimada.
E por haver tantos sinais
fico sem saber se existesou se és apenas o reflexo de meus divaneios
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